Primeira aula de hidroginástica

Hoje foi a minha primeira aula de hidroginástica.
Minha só, não. Juliana foi quem me arrastou. E eu fui porque preciso.

Acordei às 7 da madrugada e, após meus remédios diários, tomei o meu café de costume. Depois eu percebi que eu não deveria ter me alimentado antes dos exercícios.
Mas, voltando à aula.
Chegamos no salão da piscina (que é aquecida) e observei o local atentamente.
Já havia diversas pessoas aguardando o começo da aula. Numa rápida varredura, percebi que eu estava me sentindo com 20 anos. Não por causa da disposição física. Mas porque eu e Juliana éramos os “brotos” mais jovens do local.
Bom, isso já era um ponto positivo. O insconsciente mandando mensagens de alegria para o consciente. Mal sabendo ele que era apenas uma questão de perspectiva temporal.
A preparação consistia em ficar de sunga e tôca. Sim, tôca. É uma regra do espaço.
Neste momento o inconsciente foi dormir porque o consciente logo percebeu que eu estava parecendo o “seu boneco” sem camisa. O ridículo deu risada de mim. Mas faz parte. Vamos entrar.

Água numa temperatura ótima. Os senhores e as senhoras estavam conversando, animados, educados. Belle Époque.
Uma das senhoras reconheceu Juliana. Era conhecida da mãe dela. Não fiquei surpreso e não ficaria se ela dissesse que conhecia a avó.
Segundo ela, a aula era ótima. O problema é que a rotatividade era grande porque alguns integrantes às vezes faltavam. Para sempre.
Ao nos posicionar em um local central da piscina, imaginei: “Será que essa piscina tem aquele líquido azul que aparece com a urina”? Deveria porque eu tinha a certeza que aquela galera ali não ia se segurar por muito tempo.

O cheirinho de “polvilho antisséptico Granado” e o aroma de alfazema envolviam todo o ambiente.
De repente notei que havia dois salva-vidas posicionados diametralmente opostos na piscina. Com olhares atentos. Principalmente para mim. Não entendi.
Havia também um pequeno quiosque ao lado do vestiário onde um representante apresentava um panfleto com letras grandes sobre planos de saúde e um Programa de Planos Funerários. Me benzi.

O professor finalmente entra no salão, grita um bom dia desnecessário e liga o seu celular numa caixa de som! Opa! Vai ter som!
E o som começou: Biquini Amarelinho, Olha só que festa de arromba, Whisky a-go-go, bim-bom, Alegria-alegria…e por aí vai.

Começamos a fazer os exercícios, que pelo ambiente achei que seriam tranquilos pra mim…mas não foi tanto assim não. Não cheguei a cansar porque estava dentro d’água e porque a turma segurou o ritmo do professor sádico.
Duas senhoras disputaram a única máquina de oxigênio que havia no local. Mas eram amigas. Passavam uma para a outra depois de algumas baforadas.
E eu de tôca, numa piscina azul, com aqueles “macarrões” coloridos, fazendo os exercícios do puto do professor.

50 minutos de aula. Incrivelmente TODOS sobreviveram. Inclusive eu.

Foi uma experiência muito interessante.
Não vou dizer única mas vou dizer ímpar!
Pois toda terça e toda quinta estarei lá.

Splash, splash fez o beijo que eu dei, em Juliana dentro da piscina!

Uma pequena fração da minha história

[Ops, como vai? É provável que você tenha chegado a esta publicação através do LinkedIn, estou certo? É que lá não dá para contar tudo o que eu gostaria porque há limitações de caracteres. Por isso, decidi contar aqui. Obrigado por vir e ler um pouco do que me tornei hoje.]

Olá! Sou Lau Yamazaki, e naveguei por um turbilhão de experiências de vida para estar onde estou agora. Vou compartilhar um pouco da minha jornada com você—foi uma verdadeira montanha-russa, e talvez você reconheça um pedaço da sua história na minha.

Tudo começou em 1973, mas vou pular para 2013, onde as coisas ficam mais interessantes para os nossos propósitos aqui. A vida parecia estar bem encaminhada para mim. Me formei em Arquitetura, migrei minha carreira para o Design de Produto e fundei minha própria empresa de Marketing Digital que já iria completar 10 anos. Eu tinha um trabalho estável, minhas finanças estavam saudáveis, e meu casamento estava super na paz. Pelo menos em minha cabeça. Parecia que eu estava navegando em águas tranquilas. Mas você sabe como a vida tem seu jeito de apresentar curvas fechadas, né? Pois é, a minha veio voando em minha direção rapidamente. Tudo começou a se desfazer, e me senti como se estivesse assistindo minha vida derreter diante dos meus olhos.

Em 2015, me vi trabalhando mais do que nunca, mas a conta bancária parecia zombar de mim com sua escassez. Para piorar, meu casamento não conseguiu resistir à tempestade, e no final do ano, eu estava assinando os papéis do divórcio. Foi um fundo do poço, e eu estava completamente perdido, sem saber como recolher os pedaços e começar de novo, do que parecia ser menos que zero. De fato, era exatamente isso.

O que veio depois me deixou em uma densa névoa de ansiedade, depressão e um sentimento de rejeição que parecia me seguir onde quer que eu fosse. Era como se o mundo tivesse virado as costas para mim.

Mas, no meio dessa escuridão, percebi que não poderia deixar isso ser o meu fim. Voltei meu foco para a cura—não apenas superficialmente, mas uma recuperação de saúde mental profunda e significativa. Mergulhei em pesquisas, buscando maneiras de construir um sistema que garantisse que eu nunca teria que passar por uma espiral devastadora dessas novamente.

E foi em 2019 que as sementes do meu renascimento começaram a brotar. Enquanto isso, casei novamente e desenvolvi um framework (o tal do sistema), algo profundamente pessoal e eficaz, inspirado no meu próprio sobrenome – Yamazaki significa “topo da montanha” em japonês. Dediquei tudo para evoluir esse framework, tornando-o robusto e adaptável. E então, o momento da verdade—apliquei em mim mesmo. Para meu espanto e alívio, funcionou muito bem. Foi como encontrar a peça que faltava de um quebra-cabeça do qual eu nem sabia que fazia parte.

Vendo o poder transformador desse framework em minha vida, senti um forte chamado para compartilhá-lo com outros. Comecei um programa de mentorias, aplicando os mesmos princípios que me tiraram dos meus tempos mais sombrios. E adivinha? Funcionou para os mentorados também. Tive a honra de ensinar e aprender com mais de 1800 alunos, entre graduações, pós-graduações e mentorias em mais de 20 países ao redor do mundo.

Também abri espaço para trabalhar com outras empresas e contribuí, criei, desenvolvi e lancei projetos pequenos e grandes para muitas, como a Rivian, DevReady, Viasat, NTT Data, Propetro, Banco Itaú, o Governo Federal do Brasil, entre muitos outros.

Agora, estou diante de você com este post, um testemunho do poder da resiliência, transformação e da crença de que nunca é tarde demais para retomar as rédeas de sua vida mesmo quando você está perdendo o jogo de lavada. Minha jornada me inspirou a ajudar outros a navegar pelas próprias, garantindo que estejam equipados com as ferramentas para enfrentar os desafios da vida de frente.

Não apenas pessoas. Compreendi e percebi que empresas, que são feitas por pessoas, também poderiam se beneficiar deste Framework. E assim nasceu minha Consultoria de Performance Digital, utilizando abordagens e metodologias do Design de Experiência do Usuário para transformar times e gerar lucro para as empresas.

Se minha história ressoa com você, ou se você está curioso sobre o framework que mudou minha vida e a vida daqueles que mentorei e aconselhei, conecte-se comigo. Vamos explorar como podemos trabalhar juntos para transformar seus desafios em degraus para o crescimento e sucesso.

Entre em contato, e vamos começar sua jornada de transformação juntos: contact@lauyamazaki.work
Você pode também me adicionar no LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/lauyamazaki/

Vamos fazer juntos uma história de triunfo para você também.

Este é o meu lema: Eu sigo em frente. Sempre.

A brief fraction of my story

[Versão em Português]

[Oops, how are you? It’s likely that you came to this post through LinkedIn, am I right? It’s just that you can’t tell everything you’d like there because there are character limitations. That’s why I decided to tell it here. Thank you for coming and reading a little bit of what I became today.]

Hey there! I’m Lau Yamazaki, and I’ve navigated through a whirlwind of life experiences to be where I am right now. Let me share a bit of my journey with you—it’s been quite the ride, and maybe you’ll find a piece of your story in mine.

It all started in 1973 but I’m going to jump to 2013 where things get more interesting for our purposes here. Life seemed pretty much on track for me. I graduated in Architecture, moved my career to Product Design and founded my own Digital Marketing company until then. I had a stable job, my finances were in good shape, and my marriage was going strong. It felt like I was cruising on smooth waters. But you know how life has its way of throwing curveballs? Well, mine came hurling at me fast. Everything began to unravel, and it felt like I was watching my life melt away before my eyes.

By 2015, I found myself grinding away, working harder than ever, yet the bank account seemed to mock me with its emptiness. To add salt to the wound, my marriage couldn’t withstand the storm, and by the end of the year, I was signing divorce papers. It was a low point, and I was completely lost, unsure of how to pick up the pieces and start anew from what felt like less than zero. In fact, that was exactly it.

The aftermath left me in a thick fog of anxiety, depression, and a sense of rejection that seemed to follow me wherever I went. It was as if the world had turned its back on me. But in the midst of this darkness, I realized that I couldn’t let this be my end. I turned my focus towards healing—not just superficially, but deep, meaningful mental health recovery. I dug into research, seeking ways to build a system that would ensure I’d never have to go through such a devastating spiral again.

It was in 2019 that the seeds of my revival began to sprout. In the meantime, I married again and I developed a framework, something deeply personal and effective, inspired by my own surname. I poured everything into evolving this framework, making it robust and adaptable. And then, the moment of truth—I applied it to myself. To my astonishment and relief, it worked wonders. It was like finding the missing piece of a puzzle that I didn’t even know I was part of.

Seeing the transformative power of this framework on my life, I felt a strong calling to share it with others. I began mentoring, applying the same principles that had lifted me out of my darkest times. And guess what? It worked for them too. I was honored to teach and learn with more than 1800 students, between graduate, post-graduate, and mentorships in more than 20 countries around the world.

I also opened space to work with other companies and I have contributed to, created, developed, and launched small and large projects for many such as Rivian, DevReady, Viasat, NTT Data, Propetro, Banco Itaú, the Federal Government of Brazil, among many others.

Now, I stand before you, a testament to the power of resilience, transformation, and the belief that it’s never too late to turn your life around. My journey has inspired me to help others navigate their own, ensuring they’re equipped with the tools to face life’s challenges head-on.

Not just people. I understood and realized that companies, which are made up of people, could also benefit from this Framework. And so my Digital Performance Consulting was born, using User Experience Design approaches and methodologies to empower teams and generate profit for companies.

If my story resonates with you, or if you’re curious about the framework that changed my life and the lives of those I’ve mentored and advised, I’d love to connect. Let’s explore how we can work together to turn your challenges into stepping stones for growth and success.

Reach out, and let’s start your transformation journey together: contact@lauyamazaki.work
You can also connect with me on LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/lauyamazaki/

Let’s connect and make your story one of triumph, too.

This is my motto: I move forward. Always.

Wenig Aber Besser: O Mantra Minimalista Além do Design

Em um mundo repleto de complexidade e ruído, o lendário princípio de Dieter Rams, “wenig aber besser” ou “menos mas melhor”, ecoa mais alto do que nunca. Não é apenas uma filosofia de design; é um apelo claro por clareza e propósito em cada faceta de nossas vidas.

Como arquitetos, designers e estrategistas, muitas vezes nos encontramos em encruzilhadas, transbordando de ideias e possibilidades. No entanto, Rams nos ensina que a essência da inovação não está na quantidade, mas na qualidade de nossos pensamentos e realizações. Seus dez princípios de um bom design, que enfatizam a simplicidade, funcionalidade e longevidade, não são apenas diretrizes para produtos, mas para a tomada de decisões e estilo de vida.

Em nossa jornada profissional para criar, seja um edifício, uma interface digital ou uma estratégia de marketing, “wenig aber besser” nos instiga a retornar ao básico. Desafia-nos a perguntar: “Isso serve a um propósito? Melhora a funcionalidade? Pode resistir ao teste do tempo?”

Mas talvez, de forma mais profunda, a sabedoria de Rams seja um plano para viver. No crescimento pessoal, nos relacionamentos e na autorealização, abraçar o “menos mas melhor” significa priorizar o que realmente importa. Trata-se de cultivar conexões mais profundas em vez de redes mais amplas, de valorizar experiências em vez de posses e de promover crescimento em vez de mera expansão.

Aplicando “wenig aber besser” de forma universal, podemos navegar por um caminho não apenas para produtos ou experiências de usuário melhores, mas para uma existência mais reflexiva e intencional. É fazer com que cada escolha conte, cada interação seja significativa e cada momento tenha propósito.

Na busca de nossas próprias montanhas, vamos refletir sobre como podemos incorporar o ethos de Rams para sempre avançar. Para criar mais sorrisos, tornar mais sonhos em realidade e, quem sabe, salvar mais vidas – com menos, mas certamente melhor.

#Minimalismo #FilosofiaDeVida #DieterRams #Inovação

Wenig Aber Besser: The Minimalist Mantra Beyond Design

In a world brimming with complexity and noise, Dieter Rams’ legendary principle, “wenig aber besser” or “less but better,” resonates louder than ever. It’s not merely a design philosophy; it’s a clarion call for clarity and purpose in every facet of our lives.

As architects, designers, and strategists, we often find ourselves at crossroads, teeming with ideas and possibilities. Yet, Rams teaches us that the essence of innovation isn’t in the quantity but in the quality of our thoughts and executions. His ten principles of good design, emphasizing simplicity, functionality, and longevity, are not just guidelines for products but for decision-making and lifestyle.

In our professional journey to create, whether it’s a building, a digital interface, or a marketing strategy, “wenig aber besser” urges us to strip down to the fundamentals. It challenges us to ask, “Does this serve a purpose? Does it enhance functionality? Can it stand the test of time?”

But perhaps, more profoundly, Rams’ wisdom is a blueprint for living. In personal growth, relationships, and self-fulfillment, embracing “less but better” means prioritizing what truly matters. It’s about cultivating deeper connections rather than wider networks, about cherishing experiences over possessions, and about fostering growth rather than mere expansion.

By applying “wenig aber besser” universally, we can navigate a path not just to better products or user experiences, but to a more thoughtful, intentional existence. It’s about making each choice count, each interaction meaningful, and every moment purposeful.

In the pursuit of our own mountains, let’s reflect on how we can embody Rams’ ethos to move forward, always. To create more smiles, turn more dreams into reality, and perhaps, save more lives – with less, but certainly better.

#Solopreneur #Minimalism #LifePhilosophy #DieterRams

A Humanidade além da Inteligência Artificial Generativa: Experiências que moldam o amanhã

Photo by Alex Knight on Unsplash

À medida que as fronteiras entre a capacidade humana e a inteligência artificial se tornam cada vez mais desfocadas, somos levados a refletir sobre o que realmente valorizamos na onda crescente da tecnologia generativa. Não se trata apenas de processamento ou a quase mística humanização das máquinas, mas sim das experiências inestimáveis que esses avanços nos proporcionam no dia a dia.

Como Arquiteto, Designer de Produto e Experiência e Consultor de UX, testemunhei a transição de ferramentas e métodos tradicionais para soluções digitais avançadas. Vi projetos ganharem vida não apenas nos esboços e maquetes, mas também nas simulações digitais que conseguem prever e adaptar-se aos desejos e necessidades dos usuários finais, antes mesmo que uma única pedra seja posta no chão ou o primeiro rabisco seja feito.

À medida que a inteligência artificial generativa avança, sua capacidade de produzir, aprender e até mesmo surpreender, transformou radicalmente várias indústrias. No entanto, o que mais ressoa comigo não é o quão avançadas essas ferramentas se tornaram, mas o impacto que elas têm sobre as pessoas que as utilizam. O sorriso de um cliente ao ver seu projeto de casa dos sonhos; a tranquilidade de um empresário ao verificar a eficiência operacional aumentada; o alívio dos profissionais de saúde ao verem vidas sendo salvas com a ajuda de diagnósticos assistidos por AI – essas são as verdadeiras métricas de sucesso.

No cerne do meu trabalho como consultor na área de UX, está o foco em humanizar a tecnologia, garantindo que ela complemente e amplie a experiência humana, não a substitua. Trabalhamos para projetar sistemas que sejam intuitivos e que antecipem necessidades, criando uma ponte entre o potencial da tecnologia e a rica tapeçaria da vida humana.

A inteligência artificial generativa oferece um potencial ilimitado, mas seu verdadeiro valor é encontrado na maneira como ela é aplicada para melhorar vidas. Ao invés de nos concentrarmos exclusivamente em fazer máquinas que replicam a capacidade humana, devemos nos esforçar para criar experiências que sejam verdadeiramente enriquecedoras, que salvem tempo para que possamos nos dedicar ao que realmente importa: as conexões humanas, a criatividade e a descoberta de novos horizontes.

Eu enxergo cada projeto não como uma simples tarefa, mas como uma oportunidade para avançar, para mover a humanidade um passo adiante. Desta forma, convido a todos para olhar além da superfície reluzente da AI generativa e reconhecer a profundidade das experiências que ela nos permite criar.

Afinal, a tecnologia deve servir como uma extensão da nossa vontade e visão, e cada sorriso gerado, cada sonho realizado e cada vida salva é um lembrete de que, enquanto continuarmos a mover-nos para a frente, o futuro permanecerá brilhante e cheio de possibilidades. A IA generativa é uma ferramenta não só de inovação, mas de humanização – uma trilha rumo ao cume das montanhas que todos nós aspiramos alcançar.

Eu sigo em frente. Sempre.

Obs.: Se você achou esse post interessante ou útil de alguma forma, considere compartilhá-lo ♻️ e siga-me no LinkedIn: https://www.linkedin.com/in/lauyamazaki/

“O mundo está chato!”

Não.
O mundo não é ou não está chato.

Algumas pessoas – para preencher o vazio interior, sua raiva e inveja contida ou seus traumas de comparação com a vida alheia – acreditam irracionalmente que suas opiniões têm relevância pelo simples fato delas poderem falar abertamente o que quiserem e tentar impor que qualquer contra-argumento é um atentado à sua pífia e insignificante existência.

Não existe polarização.
O que existe é fragmentação granular de egocentrismo e idiotia generalizada.

Em breve estaremos todos mortos e essas pessoas, ao invés de produzirem algo relevante, deixarão um legado de transtornos mentais compulsórios e celebrados.

O mundo não está nem aí para as pessoas que pensam que são as donas do mundo.

Boa quarta-feira para todos vocês. 🙂

Em tempo: o mundo não é chato. A terra é redonda.

Sincronicidade

Eu olho para as pessoas e vejo uma tristeza profunda em seus sorrisos e suas poses de plenitude.

“Quem você pensa que está enganando?”, reflito silenciosamente.

Nossa vida é uma assincronia maluca.

Quando criança, você faz o que os adultos mandam.

Quando adolescente, se aborrece mas acaba cedendo e faz o que os outros mandam.

Finalmente se torna adulto e, quando pensa que vai fazer o que quiser, entra num emprego que te abençoou com uma oportunidade (e não o contrário) e você passa a fazer tudo aquilo que o seu chefe manda.

E não pense você, empresário, que está livre disso. Você faz o que o seu cliente manda. Você faz o que o mercado manda.

Você casa…nem vou continuar os argumentos na condição de homem hétero. Chegam os filhos e, além de todo mundo, agora você tem demandantes.

A hora de mandar parece que nunca chega.

Mesmo sendo empresário. Mesmo sendo alto funcionário, com títulos bonitos e pomposos. Mesmo sendo pai. Mesmo sendo o “homem da casa”.

Ridículo. Patético.

Quando fiz 35 estabeleci um plano de me aposentar aos 50, sendo escritor. Queria escrever crônicas. Queria não, quero! “Queria” é futuro do pretérito. Tinha 15 anos para fazer acontecer. Juntar dinheiro e escrever.

Mas eu não fiz. Falhei miseravelmente por postergar tanto algo que eu queria. Eu disse muitos nãos. Guardei o planejamento na estante.

Tão simples. Tão prático. Não precisava mais do que um papel e uma caneta.

E mesmo assim, eu não fiz.

Não vou culpar os mandos e demandas da vida. Não vou culpar a corrida pelo dinheiro. Todo mundo passa por isso. E é exatamente neste ponto que eu enxergo a tristeza profunda em seus sorrisos e poses de plenitude.

Mesmo com os rabos cheios de dinheiro ou sua pseudo-felicidade instagramável. Instagrodiável, seria mais adequado.

A culpa é minha mesmo.

Há quem diga que fez da vida o que planejou.

Não se sabe. Ou teve a sorte de caminhar em uma linha reta insossa ou nem parou para refletir e usa esse argumento enviesado pensando que não está na horda de infelizes.

Em algum momento, algo tirará o seu sorriso instagrâmico da cara. E ela vai chorar escondida no banheiro.

Eu fiz 50 dizendo não ao que eu deveria ter dito sim ao longo dos últimos 15 anos. Seria suave. Aprenderia bastante. Compartilharia tudo como vejo.

Eu cheguei a ser um Thoreau de forma compulsória na vida, enquanto era um Rubem Braga nos sonhos.

Fui pobre. Fui rico. Fui infeliz. Fui feliz.

Mas não fui cronista.

E eu só precisava de uma caneta e um papel.

Talvez, agora aos 50, tenha chegado a minha hora de mandar.

Mandar tudo à merda e finalmente dizer sim à crônica.

A sincronicidade.

Onde é que há gente no mundo?

Amigurumis,
Lembrei hoje dessa interpretação fantástica do tão fantástico quanto Osmar Prado para o poema do Fernando Pessoa (Poema em Linha Reta), que você pode conferir logo abaixo em sua completude.
A interpretação, também.
Ao rolar por todas as redes, contemplar a idiotia coletiva, as guerras e suas facetas absurdas, os interesses e desfiles de vaidades e egos irretocáveis, faço ecoar a singela pergunta que o Pessoa fez e que, na condição de profissional que trabalha com a experiência de usuários, também questiono:

– Onde há gente no mundo?

Faço parte desse mundo e não me isento da idiotia, do ego, da vaidade, das guerras.
Todavia, esse poema me traz clareza.
E a interpretação, também.
Apesar de não consumir bebidas alcóolicas.

Reflitam-se (literalmente).

===============================

Poema em Linha Reta – Álvaro de Campos (Fernando Pessoa)

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das
etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,

Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na vida…
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma covardia!
Não, são todos o Ideal, se os ouço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos – mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

===============================

Os 16 grandes erros (e como resolvê-los) quando empresas tentam contratar um Consultor de User Experience.




Ao longo de minha jornada trabalhando como Lead UX Designer, ajudando pessoas a se desenvolverem em suas carreiras ou empresas a lançarem novos produtos (ou resolver grandes problemas de produtos existentes), eu sempre anotava alguns insights que surgiam e que foram resolvidos depois da implementação de um novo mindset, o uso de um framework mais adequado para o problema ou simplesmente dando alguns passos para trás e contemplando o contexto com uma visão mais abrangente, quando se precisava ouvir um profissional com mais experiência

Aprendi que não é uma tarefa fácil dependendo do tamanho e maturidade da empresa mas que, se alguns desses erros (ou muitos deles) estiverem listados aqui nessa seleção que fiz, talvez o caminho seja menos espinhoso e turbulento.

Vamos lá:

  1. Não Definir Objetivos Claros: Não estabelecer objetivos e metas claras para o consultor de UX pode levar a confusão e resultados ineficazes. É importante saber o que se deseja alcançar por meio do engajamento.

    Como resolver:
    • Ação: Defina os objetivos e metas do seu projeto em detalhes.
    • Conteúdo: Crie um resumo do projeto que detalhe o problema que você está resolvendo, o público-alvo, os resultados esperados e os indicadores-chave de desempenho.

  2. Depender Apenas do Preço: Optar pelo consultor mais barato sem considerar sua experiência ou expertise pode resultar em resultados abaixo do esperado. Qualidade muitas vezes tem um preço mais elevado.

    Como resolver:
    • Ação: Concentre-se no valor, em vez do custo.
    • Conteúdo: Desenvolva um modelo de análise de custo-benefício para avaliar o impacto a longo prazo da contratação de um consultor de UX de qualidade.

  3. Ignorar a Experiência na Indústria: Desconsiderar a experiência do consultor em uma indústria específica pode ser um erro significativo. O conhecimento do setor pode impactar consideravelmente a eficácia das soluções de UX.

    Como resolver:
    • Ação: Pesquise consultores com experiência em no seu setor.
    • Conteúdo: Crie uma lista de verificação de requisitos específicos do setor e perguntas a serem feitas a potenciais consultores durante as entrevistas.

  4. Não Verificar Referências: Deixar de verificar as referências do consultor ou o feedback de clientes anteriores pode resultar na contratação de alguém sem um histórico de sucesso.

    Como resolver:
    • Ação: Solicite e verifique minuciosamente as referências de clientes anteriores.
    • Conteúdo: Desenvolva um guia de verificação de referências com perguntas sobre comunicação, resultados do projeto e satisfação do cliente.

  5. Desprezar a Análise do Portfólio: Não revisar minuciosamente o portfólio do consultor pode levar a mal-entendidos sobre seu estilo de design e capacidades.

    Como resolver:
    • Ação: Analise o portfólio do consultor em busca de trabalhos relevantes.
    • Conteúdo: Crie uma lista de verificação para avaliar o portfólio, considerando o estilo de design, diversidade de projetos e impacto na experiência do usuário.

  6. Não Avaliar Habilidades Interpessoais: Consultores de UX precisam de boas habilidades de comunicação e interpessoais. Contratar alguém sem avaliar essas habilidades pode resultar em mal-entendidos e conflitos na equipe.

    Como resolver:
    • Ação: Inclua a avaliação de habilidades interpessoais em seu processo de entrevista. O pessoal do RH pode (e deve) ajudar nisso.
    • Conteúdo: Prepare perguntas de entrevista que revelem as habilidades de comunicação, colaboração e resolução de problemas de um candidato.

  7. Contratar Generalistas em Vez de Especialistas: UX abrange uma ampla gama de habilidades, desde pesquisa até design e testes. Contratar um generalista quando é necessário um especialista (ou vice-versa) pode resultar em ineficiências.

    Como resolver:
    • Ação: Associe tarefas à expertise específica do consultor.
    • Conteúdo: Desenvolva uma matriz de tarefas que detalhe quais especialistas em UX devem lidar com diferentes aspectos do projeto.

  8. Falta de Compatibilidade Cultural: Ignorar a importância da compatibilidade cultural dentro da organização pode resultar em conflitos e dificuldades na colaboração.

    Como resolver:
    • Ação: Inclua uma avaliação de compatibilidade cultural em seu processo de seleção.
    • Conteúdo: Desenvolva uma lista de valores, cultura e expectativas da empresa para avaliar a compatibilidade de um candidato.

  9. Desconsiderar Pesquisa de Usuário: Algumas organizações pulam a pesquisa de usuário e partem diretamente para o design, perdendo informações valiosas que poderiam levar a melhores experiências do usuário.

    Como resolver:
    • Ação: Inicie seu projeto com uma pesquisa de usuário detalhada.
    • Conteúdo: Crie um modelo de plano de pesquisa de usuário com metodologias, cronogramas e resultados esperados.

  10. Não Estabelecer Expectativas Claras: Deixar de definir expectativas, papéis e responsabilidades pode resultar em falta de alinhamento e frustração de ambas as partes.

    Como resolver:
    • Ação: Documente as expectativas e responsabilidades do projeto.
    • Conteúdo: Crie um estatuto do projeto que detalhe papéis, responsabilidades e o cronograma do projeto.

  11. Pular a Fase de Descoberta: Correr para o design sem conduzir uma fase de descoberta completa pode resultar em soluções que não abordam os problemas fundamentais.

    Como resolver:
    • Ação: Incorpore uma fase de descoberta em seu cronograma de projeto.
    • Conteúdo: Desenvolva um plano detalhado da fase de descoberta que detalhe atividades de pesquisa, partes interessadas e entregáveis esperados.

  12. Desprezar a Acessibilidade e Inclusividade: Não considerar acessibilidade e inclusividade no design de UX pode levar a alienação de parte da base de usuários.

    Como resolver:
    • Ação: Integre acessibilidade e inclusividade no processo de design.
    • Conteúdo: Forneça diretrizes e materiais de treinamento sobre como criar designs acessíveis e inclusivos.

  13. Ignorar o Suporte Pós-Engajamento: O design de UX é um processo contínuo. Não considerar o suporte pós-engajamento para atualizações e melhorias pode prejudicar o sucesso a longo prazo de um projeto.

    Como resolver:
    • Ação: Orçe para suporte e manutenção pós-engajamento.
    • Conteúdo: Crie um plano de suporte pós-projeto que inclua atualizações regulares, análise de feedback do usuário e iterações de melhoria.

  14. Ser Impaciente: Esperar resultados imediatos e não permitir tempo suficiente para testes de usuário e iterações pode prejudicar o trabalho do consultor de UX.

    Como resolver:
    • Ação: Reserve tempo para testes de usuário e iterações.
    • Conteúdo: Eduque sua equipe sobre a importância do design iterativo e dos testes, e enfatize que a paciência leva a melhores resultados.

  15. Escolher um Consultor Remoto Sem um Processo Claro: Se estiver contratando um consultor remoto, é crucial ter um processo de comunicação e colaboração bem definido.

    Como resolver:
    • Ação: Crie um protocolo de trabalho remoto e um plano de comunicação.
    • Conteúdo: Desenvolva diretrizes para colaboração remota, ferramentas de comunicação e reuniões regulares.

  16. Subestimar a Importância do UX: Assumir que o UX é um aspecto menor do desenvolvimento de produtos pode levar a experiências de usuário abaixo do ideal e oportunidades perdidas.

    Como resolver:
    • Ação: Promova o UX como parte fundamental do projeto.
    • Conteúdo: Realize workshops ou webinars para educar sua equipe sobre a importância do UX na conquista de objetivos de negócios.


Ao implementar essas ações e fornecer o conteúdo correspondente, você pode abordar de forma eficaz os desafios de encontrar e trabalhar com um consultor de UX para sua empresa de forma mais eficiente e rápida.

Tudo o que foi dito aqui foi testado (com ou sem sucesso) e por isso está nesta lista.
Esta foi a forma mais objetiva que encontrei para ajudar empresas nas suas contratações.

Se você tem algum ponto para incluir ou quiser discutir qualquer um deles, comente ou envie um email para mim. Vai ser um prazer bater esse papo com você para aprimorar essa lista.